12/05/13

Os ricos da rua

Aqui fica um poema que nos foi enviado por uma ex-aluna da nossa escola (cujo nome não revelamos a seu pedido...ai, a timidez dos artistas!) que sempre foi dada à poesia!
Obrigado pela prendinha!



Os ricos da rua

Na menina Lisboa,
Todos nós corremos,
Corremos pela corrente de pedra,
Aquela que raramente vemos,
Porque quanto mais corremos,
Menos vemos,
E o mais engraçado é que nos queixamos “o tempo voa”.
A verdade é que para nós “o tempo voa”,
Mas para os que não vemos,
Os que achamos ricos,
Aqueles que têm dois pés e duas mãos,
Aqueles a que gritamos “vai trabalhar”,
Os que vivem do que não queremos,
Esses sim são os ricos da rua.
São ricos de liberdade,
Não têm horas para chegarem atrasados,
São ricos de imaginação,
Não têm ninguém que os prenda,
São os únicos que têm o privilégio de terem o céu como o seu limite.
São da rua, mas são felizes,
Não têm vergonha de o admitir.
A sua grande casa é a menina Lisboa,
A sua imaginação é a única que voa,
A sua companhia são as pedras gastas
Que fazem par com os saltos partidos.
Mas o mais importante é saber
Que todos nós, independentemente de sermos ou não mendigos
Devemos de saber dar valor ao ricos da rua,
Os únicos que lutam por uma razão…
Aquela pela qual bate o coração!



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