27/12/13

Poema Sem Nome

Não é tanto o encargo e a secura das tarefas
Que me pesa na alma como uma tonelada de chumbo;
É mais o temor da escuridão futura,
A ansiedade da antevisão do desgaste
De uma latente vida estéril
O que me derruba dos altos vôos do espírito
E me lança por terra, sumida a centelha de vida
Que em mim havia.

Minhas lágrimas são meus versos.
Tristeza e desespero em mim congelam,
Para correrem livres apenas com o degelo da arte

Em que, ao poucos, se desfaz o glaciar interior.

Tomás Vicente (ex-aluno)

Sem comentários:

Enviar um comentário