03/07/12

Cartas Lusíadas - 3: Carta a Baco


Lisboa, 5 de maio 2012

Querido Baco,

N
 esta carta, que te escrevo com o coração, venho confessar todo o meu amor por ti. Sejas real ou mitológico, feito de carne ou de orações, no meu coração estás inscrito… O meu desejo por ti aumenta a cada momento que passa. A Cada segundo, a cada minuto, a cada hora, só penso em ti.

Estudei-te em História, e nas aulas de Português te revi. Vi Camões criticar-te e falar de ti como se o teu coração fosse imperfeito, de pedra. Mas tu apenas receavas, tinhas o medo a bater dentro de ti. Receavas perder a tua fama que tanto te custou ganhar e conquistar.

Coisas más fizeste, é verdade, e inveja sentiste. Manchaste a tua pureza mas nem por isso te esqueci. Nas minhas veias não corre sangue, mas sim todo o amor que sinto por ti… Durante a noite, nos meus sonhos, tu estavas ali, de pé, a sorrir para mim… Esfregava os olhos e via-te novamente, no entanto compreendi que era, de facto, um sonho... O mais delicado de todos os sonhos! Mas a parte mais maravilhosa foi quando tu, Baco, meu amor, vieste ter comigo! A partir desse momento eu fiquei paralisada, extasiada, não sabia o que dizer... Em seguida veio uma força, não sei de onde apareceu... mas encorajou-me, deu-me ânimo, e consegui conversar contigo. Lembras-te? Para mim, nada daquilo que seu estava a viver era virtual, mitológico... Era uma realidade, era a minha realidade que nunca irei esquecer!

Sempre contra os portugueses foste, mas o meu coração por ti sempre pulsou. Decidi procurar-te... Em qualquer parte do mundo, pois sempre acreditei que um dia pudesse acariciar a tua face. Vou continuar a fazê-lo.

 É assim, muito sentidamente, que termino esta carta, com muito amor e carinho da tua amada.


Uma portuguesa apaixonada!

(escrito pelas alunas Ana Beatriz e Nayra Richard)

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