02/07/12

Cartas Lusíadas - 2: Querido Vasco da Gama



Lisboa, 5 de maio 2012

Querido Vasco da Gama,

  Depois de 500 anos,
  nem imaginas o quanto és reconhecido.
  Construíram-te uma ponte,
  sobre o rio do qual partiste,
  e também um centro comercial,
  que deixa os desempregados entretidos.

 Pelos teus feitos corajosos, és hoje relembrado,
 Estás em todos os manuais de escola,
 E deixas os meninos interessados

 Nem nunca tu pensaste
 Deixar cá tanta admiração,
 Mas dobrar um cabo
 Não é trabalho para qualquer tripulação.

 Se vivesses nos nossos tempos,
 Íamos todos celebrar,
 A tua luta contra os ventos,
 E iríamos ao Mcdonald’s jantar

 Se visses como estamos agora,
 Sem a prosperidade que nos alcançaste,
 Nem sequer metade das terras
 Apenas este recanto que deixaste.

 Mas deixaste para o melhor,
 Para alcançar o teu objetivo,
 E é reconhecido o teu valor,
 Por perante o mundo o teres cumprido.

 Mais de 400 anos depois,
 A Europa largava as colónias
 Mas Oliveira Salazar
 Não quis fazer delas memórias
 Chegou ao fim da sua glória,
 Morreu da queda da cadeira,
 Um país novo surgiu,
 Que deu às colónias liberdade derradeira.

 Luís Vaz de Camões, afortunado da vida
 E eterno escritor
 Contou-nos tudo o que fizeste,
 Sem nunca te poupar glória e louvor.
  
 E agora me despeço,
 Depois de tanta explicação,
 Porque muito sinceramente,
 Estou sem imaginação.

Alexia Fiandra
(escrito pelas alunas Sofia Guterres e Rafaela Sanches)

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