22/11/11

Lembrando C.S.Lewis




A 22 de Novembro de 1963, John Fitzgerald Kennedy, presidente dos Estados Unidos da América, foi assassinado em Dallas, no Texas. Este acontecimento, que influenciou o curso de importantes acontecimentos a uma escala relativamente vasta (poder-se-á dizer isto assim?), ofuscou a cobertura mediática de outros dois óbitos célebres. No mesmo dia em que o presidente americano era morto a tiro, Aldous Huxley morria em Los Angeles e Clive Staples Lewis, professor universitário, escritor, filósofo, filólogo e teólogo irlandês, falecia, aos 64 anos de idade, em Oxford.

Com todo o devido respeito pelas figuras de Kennedy e Huxley, hoje pretendemos lembrar sobretudo Lewis, o qual desempenhou, durante a guerra, um papel memorável que lhe valeu o epíteto de "apóstolo dos cépticos", no seguimento das várias palestras que proferiu através da rádio BBC, com o objectivo de motivar os ouvintes, de lhes dar ânimo para enfrentar as dificuldades através da devoção e confiança na fé cristã.

Lewis, nascido em Belfast a 29 de Novembro de 1898, fez carreira como professor e filólogo, ensinando em Oxford e em Cambridge, tendo também participado na Primeira Guerra Mundial, a qual muito o marcou, tal como a muitos autores desse tempo.

Chegado a Oxford como professor, conheceu J. R. R. Tolkien, de quem se tornou amigo chegado e o qual contribuiu para o reconduzir na fé cristã, uma vez que Lewis, abandonado o protestantismo da sua infância, tinha caído no ateísmo. Foi na noite de 19 de Setembro de 1931, durante uma longa conversa com Tolkien e Hugo Dyson, que Lewis foi forçado a rever a sua posição religiosa, face à brilhante exposição que Tolkien fizera da sua chamada "filosofia do mito".

Lewis foi, sobretudo desde então, um autor prolífico, que escrevia muito em pouco tempo. Dedicou-se a passar a mensagem cristã (satirizando até a sua própria igreja, a Igreja Anglicana, pela perda dos valores fundamentais do cristianismo, num livro chamado Mere Christianity), mas também contribuiu notavelmente em campos académicos da sua área e até na própria filosofia, ainda que sempre acerca de assuntos religiosos.

Não havendo tempo para dizer mais sobre este homem notável (mais, por vezes, inconstante) que foi Clive Staples Lewis, aqui fica um conselho para que leiam a sua obra, da qual faz parte a encantadora série As Crónicas de Nárnia.

Tomás Vicente

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