02/12/11

A Solidariedade Natalícia

Ser-se solidário é entregar-se aos outros. É pensar mais em quem nos rodeia que em nós mesmos, é ajudar quem precisa. E o Natal é a época que simboliza este espírito...tudo porque, numa noite que já lá vai, os Reis Magos trouxeram ouro, incenso e mirra ao Menino Jesus, que acabara de nascer em Belém da Judeia. E, mais tarde, porque S. Nicolau, bispo de Mira, amigo das crianças e dos pobres, distribuiu toda a herança que recebeu dos pais e todas as coisas que lhe iam parar às mãos e que eram úteis a alguém: moedas, comida, etc. E ainda, porque o Jule Tomte, o "duende do Yule" (Yule era a festa pagã que correspondia ao Natal, no Norte da Europa), descia pelas chaminés a trazer presentes.

Mas agora, mais importante ainda que recordar histórias antigas (que nunca devemos esquecer - quem perde as histórias, perde o passado e quem perde o passado não é ninguém) é ajudar os outros. Há tanto para fazermos, à nossa volta. Tanta gente em dificuldades, sejam económicas ou de outra ordem. Às vezes, precisam de auxílio material, outras, só de uma palavra amiga. E cabe-nos a nós estar lá para satisfazer essas necessidades da melhor forma possível!

Por experiência própria, posso garantir que, se não for por motivos menos egoístas, ao menos devemos ajudar  os outros porque nos sentimos muito melhor connosco próprios depois de o termos feito. A solidariedade é um dom. Não alcança, desenterra-se, pois está cá, no fundo da alma do ser humano; só precisa de ser acordada.

Até ao Natal, ainda faltam mais de vinte dias. É tempo de sobra para tomar atitudes. Não deixeis para amanhã o que podeis fazer hoje, não adieis. Nunca. Até ao Natal, distribuí os bens que tendes acumulados e de que não precisais. Vereis que há sempre alguém que deles tem falta. É bom que tenhamos muito, pois assim, somos habituados a não nos apegarmos demasiado ao material. A esfera material é a parte pobre da vida! Fôssemos nós só ideias e espírito e seríamos bem melhores.

Assim, enquanto é tempo, fazei algo por alguém. Não temais os confrontos, as adversidades. Por mais negras que sejam as horas que tendes à vossa frente, há sempre lá uma luz, e há sempre alguém que nos estende a mão quando caímos...uma parte do nosso espírito que nos diz para não desistirmos. Deixá-la sair e desabrochar. Depois, quando estiverdes sentados à lareira, bebendo chá e desfrutando da atmosfera natalícia, tereis mais paz, pois será uma recompensa merecida e não meramente um hábito! Vivei o Natal!

Tomás Vicente (ex-aluno)

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