03/01/13

J.R.R.Tolkien - O Construtor de Mundos e de Sonhos




O escritor, poeta, filólogo e professor universitário John Ronald Reuel Tolkien nasceu em Bloemfontein, na África do Sul, então colónia britânica, a 3 de Janeiro de 1892 e morreu em Bournemouth, na Inglaterra, a 2 de Setembro de 1973, aos oitenta e um anos de idade

J.R.R.Tolkien, mais conhecido pela sua obra literária e pelas subsequentes adaptações cinematográficas, foi um estudioso das línguas arcaicas, especialmente do Anglo-Saxão e do Islandês Antigo. A sua erudição, no entanto, abrangia diversas línguas e literaturas, desde o finlandês ao espanhol, e é, ainda hoje, tido como um dos maiores (senão o maior) filólogo do século XX, homem com uma vasta e simultaneamente profunda cultura, inteiramente dedicado à vida académica e ao papel de professor, tendo ensinado em duas das mais célebres faculdades de Oxford ao longo dos seus cerca de quarenta anos de carreira académica. De professor de excelência (daqueles que conseguem encher auditórios) a escritor de renome, distinguiu-se pelo perfeccionismo e pelo aprumo em tudo a que se dedicou, ficando para a História não só como aquele que foi classificado como o maior escritor do século XX nos inquéritos feitos pela rede de livrarias Waterstone mas também como um modelo do erudito dedicado ao seu campo de estudos.

Numa época em que a literatura de fantasia domina as montras, conquistando um importante lugar tanto nas estantes das livrarias como nas preferências dos leitores, e também num tempo em que a dita fantasia não é, quiçá, tão pura como o foi nos tempos do seu desabrochar, é conveniente lembrar e enfatizar a qualidade de obras como O Senhor dos Anéis e O Silmarillion e recordar um homem apelidado, frequente e justamente, como o pai da fantasia moderna, que abriu caminho por dimensões nunca antes trilhadas e que construiu uma mitologia sólida assente em bases linguísticas. Ainda que publicada há já quase sessenta anos, a inventividade e capacidade de inovação da sua obra prima ainda não foi superada e é justo afirmar que o pai da fantasia moderna continua também a ser o escritor de maior génio de entre todos os que cultivaram ou cultivam o género.

Lembre-se, pois, o homem que, nascido há mais de cento e vinte anos, trabalhou ao longo de toda a vida na sua criação e chega até nós com um estatuto confirmado de gigante literário. Aqui fica também a recomendação de leitura das suas obras, dez delas publicadas em Portugal, e o visionamento deste documentário passado em 1968 pela BBC, em que o próprio autor fala e nos dá a conhecer as circunstâncias do desabrochar de todo um manancial de criação literária.

Tomás Vicente  (ex-aluno) 

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