Alva Idade
Branca é a
luz solar,
Assim como
a reluzente
Espuma do
indómito mar,
Que, sobre
que céu for,
Nunca se
cansa de cintilar;
Brancos são
os orgulhosos
Cumes das
altivas montanhas;
Brancos os
campos no Inverno,
Quando a
neve macia e carinhosa
Os vem
aconchegar de afecto.
De muitas
cores se vestem
Os campos
para celebrar a Primavera
Mas, de
entre todas elas,
É o branco
que sobressai
E modera a contenda
Entre o
velho rigor frio
E a jovem e
cálida mansidão.
Se tantas
coisas de virtude
O branco
escolheram para se cobrir,
Por que
hão-de ser os alvos cabelos
Menosprezados
e motejados,
Se é neles
que a Sabedoria
Espelhou o
próprio rosto,
Que refulge
à luz de um dia de sol?
Tomás Vicente (ex-aluno)