19/07/13

Opiniões Cinéfilas - "O Reino de Fogo"


A sétima arte, a última a surgir, é agora, no entanto, aquela que mais cativa as camadas mais novas da população. Assim sendo, numa tentativa de aproximar as letras e o cinema (que são indissociáveis, ainda que muita gente se esqueça disso!), passar-se-á a publicar, neste blogue, uma série de críticas criativas (espera-se!) a alguns filmes que forem sendo visualizados pelos colaboradores deste blogue...estejam atentos às novidades!

A primeira desta - assim o desejamos - longa série de "crónicas cinéfilas", que apresentamos em baixo, debruça-se sobre o filme (pouco conhecido) O Reino de Fogo, lançado em 2002 e realizado por Rob Bowman.


Um Reino de Fogo...e Muito Mais!



O que me chamou à atenção n' O Reino de Fogo foi, mais que o seu elemento de fantasia tradicional conjugado com ficção futurista, a sua profunda e extremamente intrincada trama emocional. Tendo como pano de fundo uma Europa irreconhecível e destruída pelas chamas, onde a espécie humana se encontra em declínio e em número insuficiente para fazer face à tremenda invasão de dragões ferozes e sedentos de sangue, é possível reconhecer-se neste filme também o valor e a força das ligações emocionais entre o elemento humano do filme: a amizade, a honradez, a devoção abnegada e, num momento mais avançado, o romance tecem uma miríade de intrincadas linhas de força que determinam a evolução da acção, desde o princípio negro e desolador ao fim apoteótico.

A história tem início numa das antigas fortalezas onde se reuniu um grupo de sobreviventes, sob o comando do enérgico (mas cauteloso) Quinn, que tem a seu cargo uma já numeroso grupo de homens, mulheres  e crianças, a quem se devota totalmente e que considera serem a sua família.

Tudo muda quando chega ao castelo um grupo de mercenários que tem com chefe um temível homem marcado por muitas batalhas que tomou por missão destruir os dragões e procura recrutas. Não pretendo contar o filme todo, digo apenas que depois de muitos choques de vontades, muitas perdas e muitos percalços, Quinn, que não queria pôr ninguém da sua "família" em perigo, acaba por embarcar ele próprio numa aventura que alterará o curso dos acontecimentos futuros.

Aconselho vivamente o visionamento deste filme pois, afinal, "o reino" não é apenas de fogo...ou, pelo menos, não o é apenas de fogo maléfico, uma vez que fogos há muitos, alguns não são visíveis (lembremos Camões!) e, mesmo assim, queimam mais! Vede e saboreai!

Tomás Vicente (ex-aluno)

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